Parte 1
— Sabes que os vampiros existem mesmo, não sabes?
O António engasga-se no café. Ele começa a tossir. Depois olha para a Carolina, desconfiado.
— Uh, eu acho que não. — diz ele. — Só existem nos filmes e nos livros.
Parte 2
Ela ri-se.
— Que inocente! Tu não sabes o que eu sei.
O António revira os olhos. Ele está habituado às histórias da Carolina.
— E o que é que tu sabes que eu não sei? — pergunta ele.
Parte 3
A Carolina olha à volta e baixa a voz.
— Há vampiros aqui agora.
O António olha para o jardim onde estão sentados. O dia está bom. Está sol e os pássaros cantam. Perto dali, algumas crianças jogam à bola.
Parte 4
— Hmm. Mas os vampiros não podem apanhar sol, pois não?
— Isso é mito.
— E os vampiros não são mito? — pergunta ele a suspirar.
Parte 5
A Carolina chama-o com um dedo.
— Aproxima-te. — diz ela.
O António aproxima-se.
— Aproxima-te mais um pouco. Vou contar-te mais uma coisa que não sabes. Mas ninguém pode ouvir.
— O que é?
Parte 6
Sem aviso, a Carolina abre a boca e dá uma grande trinca no pescoço do António. Ele grita, levanta-se e foge do jardim.
Ela toca nos seus dentes. Estão normais. Hmm. Que estranho. Ela pensava que era uma vampira. Afinal, parece que não.
Parte 7
A Carolina suspira e observa as crianças a brincar.
De repente, ela lembra-se de uma coisa. Levanta-se e sai do jardim apressadamente. Ela tem uma coisa para contar ao António. Ela sabe uma coisa que ele não sabe. Os lobisomens existem mesmo!
Parte 1
‘You know that vampires really exist, don’t you?’
António chokes on his (the) coffee. He starts coughing. Then he looks at Carolina suspiciously.
‘Uh, I don’t think so’, he says. ‘They only exist in movies and books.’
Parte 2
She laughs.
‘How innocent! You don’t know what I know.’
António rolls his eyes. He’s used to Carolina’s stories.
‘And what do you know that I don’t know?’, he asks.
Parte 3
Carolina looks around and lowers her (the) voice.
‘There are vampires here now.’
António looks at the garden where they are sitting. The day is fine. It’s sunny and the birds are singing. Nearby, some children are playing ball.
Parte 4
‘Hmm. But vampires can’t be in the sun, can they?’
‘That is a myth.’
‘And vampires aren’t a myth?’, he asks, sighing.
Parte 5
Carolina calls him with a finger.
‘Come closer’, she says.
António comes closer.
‘Come a little closer. I’ll tell you one more thing that you don’t know. But no one can hear.’
‘What is it?’
Parte 6
Without warning, Carolina opens her mouth and bites (takes a big bite) António’s neck. He screams, gets up and runs out of the garden.
She touches her teeth. They’re normal. Hmm. That’s weird. She thought she was a vampire. After all, it seems not.
Parte 7
Carolina sighs and watches the children play.
Suddenly, she remembers something. She gets up and leaves the garden hastily. She has something to tell António. She knows something that he doesn’t know. Werewolves do exist!
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Lembro-me agora do meu desejo secreto. Queria ter uma conversa com uma vampira e um lobishomen em Portugal! Achas que seria possível?
Acho que é perfeitamente possível. Basta ires a casa do António! Se leres o resto da história vais perceber porquê. 🙂